sexta-feira, 11 de março de 2016

Homem-Aranha aparece em novo trailer de Capitão América: Guerra Civil


A imagem que todos esperavam foi divulgada nesta quinta-feira no trailer do filme Capitão América: Guerra Civil: o novo Homem-Aranha está entre nós, ou melhor, entre os heróis da Marvel no cinema. Após duas séries do personagem, uma estrelada por Tobey Maguire e outra por Andrew Garfield, o herói aracnídeo vai ganhar uma reformulação no cinema, agora com o jovem ator Tom Holland no papel do herói.

Em sua primeira aparição, o novo Homem-Aranha surge com o característico uniforme azul e vermelho e o sarcasmo dos quadrinhos. Durante uma batalha entre os heróis que escolheram o lado do Capitão América e os que preferiram lutar pelos ideais do Homem de Ferro, o adolescente com poderes de aranha ajuda Tony Stark na briga e ainda rouba o escudo do Capitão.
Essa também é a primeira vez que o Homem-Aranha se une à trupe da Marvel no cinema. Os direitos do personagem pertencem à Sony Pictures, enquanto boa parte do restante do casting da editora de quadrinhos está com a Disney. Um acordo entre as duas empresas possibilitou a parceria que dá certo nas HQs - no texto original, o herói aracnídeo é uma peça central de Guerra Civil.


 Previsto para chegar aos cinemas em 28 de abril, e considerado quase um "Vingadores parte 3" nos cinemas, Capitão América: Guerra Civil trará boa parte dos personagens da Marvel no mesmo filme. Outra novidade é a chegada do Pantera Negra (Chadwick Boseman), que também ganhará uma produção-solo no futuro.

domingo, 6 de março de 2016

Kung Fu Pànda 3 / Crítica


Em poucas franquias hoje a cultura do fã e do consumo adquirem uma aura tão benévola quanto em Kung Fu Panda. O terceiro longa da mais bem sucedida série da DreamWorks Animation segue a receita dos filmes anteriores - que misturam filosofia zen com referências do cinema de artes marciais, embalados num visual arrebatador - e aposta mais no colecionismo.
Porque ao mesmo tempo em que seguimos o crescimento espiritual de Po (que depois de ter se tornado um mestre do kung fu agora precisa dominar o poder do chi), num aprendizado que vai ficando cada vez mais ligeiro a cada filme, o panda nunca deixa de ser o representante do espectador em cena, o fã fascinado com seus ídolos, fascínio esse que se realiza no consumo.
Em resumo, Kung Fu Panda 3 é o confronto entre um fã "do bem", Po, com suas piadinhas metalinguísticas de cinéfilo (a entrada triunfal, a saída dramática), e um fã predatório, o touro Kai, o ex-companheiro de Oogway que retorna ao mundo dos vivos depois de tomar a alma dos velhos mestres do kung fu (que Kai transforma em pedras e coleciona numa corrente). Ao contrário de Kai, o máximo que Po se permite, enquanto fã, é brincar por algumas horas com as armas e armaduras sagradas do templo.
Ao mesmo tempo em que fica difícil imaginar algo mais fofo do que ver panda pai e panda filho se divertindo juntos com seus brinquedos, e a questão do colecionismo volta sempre como piada na figura da Tigresa de miniatura, Kung Fu Panda 3 faz do consumo rápido também seu meio narrativo. 

Da trilogia, é o longa mais cheio de montagens pra dinamizar a trama (sempre apresentadas em estilizações de encher os olhos), o que passa a impressão de que as lições de Po vão ficando mesmo mais fáceis com os anos.
Em relação a essas narrativas compactas com poucos tempos fracos, Kung Fu Panda 3 ainda está longe de ser uma overdose de açúcar como os filmes de Madagascar, mas se há algo em comum entre as animações da DreamWorks é a capacidade de criar filmes incessantes sem que eles pareçam apressados demais. A cultura nerd também não é uma exclusividade de Kung Fu Panda; vem à mente o sucesso do primeiro Vingadores, o filme definidor dessa tendência, com seus heróis transformados em action figures reais aos olhos do fã Coulson, com seus cards do Capitão América.
O que Kung Fu Panda tem de particular, sim, e que até hoje continua sendo seu maior triunfo, seu ying-yang, é a incrível capacidade de conciliar os esoterismos de desapego do Oriente com essa incontornável religião do Ocidente que é o capitalismo.

-Sim o filme é muito divertido e vale muito a pena ir ao cinma assistir, mesmo você já aulto!  

Ben Affleck dá um rolé com fãs no Batmóvel para divulgar Batman Vs Superman

Já pensou em como seria andar de Batmóvel com o próprio Batman, Ben Affleck? Sonho, né?



Algumas pessoas já tiveram esse privilégio e agora você também pode concorrer a esta chance. Basta doar no mínimo 10 dólares para a campanha beneficente organizada pelo site o Omaze em parceria com a Warner Bros.

Para divulgar a ação social, Affleck surpreendeu fãs durante o tour do estúdio da Warner Bros., em Hollywood. O ator se escondeu no batmóvel usado em Batman Vs Superman - A Origem da Justiça, enquanto o guia perguntava quem venceria a batalha: o Homem Morcego ou o Homem de Aço. Quando a maioria respondia que seria o Superman, ele abria a porta do carro e se revelava.

As reações foram as mais diversas e hilárias possíveis. Algumas pessoas o chamaram de Super-homem, enquanto outras perguntavam "Você é real?", "É mesmo o Ben Affleck?" e, então, o melhor diálogo:
"Parece o Ben Affleck"
"Isso porque é ele!"
"Não, você está brincando!"
[...]
"Olá, Batman... Não, desculpa, Superman"
"Não, Batman! Poxa, cara!"
"Ah, você é o Batman?"
"Quem você acha que senta nesse carro? Você acha que este parece o carro do Superman?"

As crianças, é claro, quiseram entrar no carrão do Batman. Uma delas, inclusive, teve uma conversa interessante com o ator:
"O Superman nem tem um carro legal como esse"
"Pois é, né!"
"E eu tenho 8 desses carros"
"Viu!"

Depois, chegou a vez do intérprete do Homem Morcego pegar o Batmóvel e dar um rolé pelos estúdios, oferecendo carona para um de seus fãs. Assista:


domingo, 28 de fevereiro de 2016

O Menino e o Mundo


Os traços desta animação brasileira sugerem a ingenuidade, a infantilidade. O personagem principal é desenhado com um rabisco simples, em 2D, sobre espaços brancos remetendo a folhas de papel. A evolução do cinema animado tem sido cada vez mais associada ao desenvolvimento tecnológico, de modo que assistir a O Menino e o Mundo provoca uma surpresa. Enquanto as grandes produções buscam os traços realistas (como o cabelo ultra natural do príncipe de Shrek, ou a grande expressividade do robô Wall-E) para compor mundos mágicos, este filme faz o caminho inverso: usa traços que beiram o surreal para falar de um Brasil bastante palpável e contemporâneo.

O Menino e o Mundo - FotoA história, sabiamente contada sem palavra alguma (algo que pode facilitar a exportação do filme), mostra uma criança pobre cujo pai abandona a família para ir trabalhar em algum lugar distante. O cenário familiar é rural, mas o mundo para onde partem os adultos é o da cidade grande. Estes ambientes – personagens centrais à trama – ganham uma caracterização expressiva e inteligente: enquanto o campo é simbolizado por pequenos traços coloridos (referente à grama, à felicidade), a cidade é uma mistura cinzenta de pesadelo futurista (com favelas em formas de cones) e pastiche do capitalismo (outdoors, televisores por todos os lados). O trem que atravessa a fazenda nada mais é do que um monstro gigantesco, como uma serpente, que engole os adultos e depois desaparece no espaço branco, sem devolvê-los mais.

Com um ritmo agradável, sem apelar para a montagem frenética das animações infantis hollywoodianas, o diretor Alê Abreu dedica-se a representar de maneira lúdica os espaços e as configurações do mundo contemporâneo. A exploração dos agricultores, a falência das fábricas, a tristeza dos tecelões, a precariedade dos artistas de rua, a falta de estrutura nas comunidades carentes, o regime militar... Tudo é retratado de modo a misturar o sonho (a bela música das favelas) com o pesadelo (os tanques de guerra, transformados em animais gigantescos). Os pobres são humanizados ao máximo, com a câmera próxima dos pequenos traços que representam os seus olhos tristes, já os poderosos estão escondidos atrás de tanques e veículos potentes.

O Menino e o Mundo - FotoO Menino e O Mundo também impressiona pela mistura de técnicas, incluindo colagens, carros feitos por computador (representando a desigualdade social) e mesmo imagens em estilo documentário, de árvores sendo cortadas em florestas. Junto da trilha sonora de cunho social, composta pelo rapper Emicida, fica evidente a notável ambição deste filme de entreter ao mesmo tempo em que estabelece uma mensagem muito clara sobre a sociedade atual. Talvez as crianças não consigam entender todas as referências históricas, mas nem precisa: a simples sensibilização às desigualdades como mensagem central já é um tema raro e precioso em meio a tantas produções que preferem martelar na cabeça dos pequenos os mesmos valores de amor familiar.

Esta acaba sendo uma produção triste, amarga, por trás do tom colorido da superfície. O Menino e o Mundo lembra produções como A Viagem de Chihiro ou O Mágico, de mestres da animação Hayao Miyazaki e Sylvain Chomet, que contrastaram muito bem o mundo idealizado da infância à vida embrutecida dos adultos. O tom de melancolia impregna este filme de excelente qualidade técnica, além de uma inventividade ímpar na representação dos espaços e do som (quer cena mais bonita do que o garoto guardando numa caixa a música tocada pelo seu pai?). Esta é uma produção capaz de divertir e suscitar a reflexão de crianças e adultos, por razões diferentes e em níveis distintos. Estas qualidades fazem de O Menino e o Mundo um filme muito mais complexo e rico do que os seus simples traços permitem imaginar.

Deuses do Egito


Embora não faça filmes com a regularidade que se esperaria, Alex Proyas ocupa lugar hoje numa lista de diretores seleta, como Guillermo del Toro, James Cameron e os irmãos Wachowski, que resistem à tentação do cinema irônico e autorreferente e tentam fazer filmes de fantasia, épicos e ficções científicas com uma preocupação com uma criação de universo que seja particular. Novo filme de Proyas, Deuses do Egito evidencia essa preocupação, embora à primeira vista pareça mais um épico de Antiguidade embranquecido por Hollywood.

Na trama, os deuses egípcios convivem com mortais à beira do Nilo, uma harmonia rompida por Set (Gerard Butler, não muito à vontade como vilão), que mata seu irmão, o rei Osíris (Bryan Brown) e usurpa o trono que seria herdado pelo despreparado Hórus (Nikolaj Coster-Waldau), Deus do Ar. Com a ajuda de um ladrão mortal (Brenton Thwaites), que deseja reviver sua amada, Hórus deve acabar com a tirania de Set, que escravizou os egípcios em nome de sua ambição.
Antes de se tornar um filme de travessia - organizado em torno de viradas rápidas e cenas de ação e aventura econômicas, que não perdem tempo com o supérfluo - Deuses do Egito começa como uma trama de intrigas palacianas bastante interessante, que joga com a fotografia (fulgurante, carnavalesca) e a proporção (os deuses têm quase o dobro do tamanho dos mortais) para engrandecer os protagonistas, e por extensão tornar essas intrigas mais grandiloquentes. É uma opção visível e decidida pelo registro mais teatral, semelhante ao de O Destino de Júpiter, outro filme sem o menor apetite (ou talento) para o sarcasmo.
Proyas tenta fazer aqui um filme que não se contenta apenas com a virtuose nas cenas de batalha. É isso que diferencia Deuses do Egito de outros épicos recentes, como Imortais, o 300 genérico de Tarsem Singh (que provavelmente se considera um grande esteta mas não tem o mesmo compromisso com gestações de universos ficcionais de Proyas). Na verdade, as batalhas são o ponto fraco de Deuses do Egito, filmadas com travelings vacilantes e cortes fora de hora, e com efeitos visuais que frequentemente parecem inacabados. Vi o filme em 2D, mas não tenho certeza de que esses efeitos possam parecer melhor numa projeção tridimensional.

Problemas de casting (que aliás também vitimavam o filme dos Wachowski) e desequilíbrio visual à parte, Deuses do Egito tem a ambição que se espera de um verdadeiro épico de fantasia. Se vai perdendo o vigor ao longo de suas duas horas - em que recorre vez ou outra a soluções fáceis de dramaturgia, como na relação de Hórus com a Deusa do Amor (vivida pela Elektra da TV, Elodie Yung, destaque de um elenco que tem nas mulheres suas melhores escolhas) - ao menos o filme se conclui almejando a grandiosidade.

Ao final, fica a impressão de que falta alguma coisa a Deuses do Egito, assim como a outros épicos falhos recentes como John Carter e mesmo O Destino de Júpiter, para se firmar como o filme que nadará contra a corrente dos blockbusters irônicos e autorreferentes e fará justiça a esse gênero tão cinematográfico que já viu dias melhores.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Falando de Tatuagem

Um vídeo bem legal e informativo que eu fiz com Saulo Medeiros, para quelas pessos que querem fazer tatuagem e tem dúvidas. Neste vídeo ele responde algumas perguntas detalhadamente, e como o vídeo ficou um porco grande dividimos em 2 partes, na próxima terça continua...